ago. l l ao ii, º l 9-16
A influência da sobrecarga de frutose na performance de
ratos wistar submetidos ao exercício físico
carolia soares maris pito*; rogrio brado wichi**
Resumo l A síndrome metabólica (SM) é uma doença caracterizada pela associação de distúrbios
metabólicos e cardiovasculares em um mesmo indivíduo, e que vem sendo detectada de forma crescente
na população. Experimentalmente, a SM tem sido estudada através da adição de frutose na dieta. Animais
tratados com sobrecarga de frutose apresentam alterações metabólicas e cardiovasculares semelhantes
às observadas em humanos. O sedentarismo tem sido considerado um fator de risco associado ao
desenvolvimento da SM. Por isso a prática regular de exercício físico vem sendo recomendando para
prevenção/ tratamento da SM. Embora alguns estudos já tenham demonstrado que a sobrecarga de frutose
altera o metabolismo de repouso, pouco se sabe sobre os efeitos da sobrecarga de frutose no metabolismo
energético e na capacidade de realizar esforço. Dessa forma, o objetivo deste trabalho consiste em estudar
a influência da sobrecarga de frutose na capacidade de realizar esforço de ratos Wistar submetidos a
uma sessão de exercício físico progressivo e sua relação com as respostas cardiorrespiratórias. Para esta
pesquisa foram utilizados 16 ratos machos Wistar, divididos em 2 grupos (Controle e Frutose). Ao final
do tratamento com D-frutose (9 semanas, 100g/L) os animais foram submetidos a procedimento cirúrgico
para canulação da artéria carótida. Após 48hs deste procedimento, os animais foram submetidos a um
teste de exercício progressivo máximo, através de corrida em esteira (0,3 km/h a cada 3 minutos), onde foi
avaliada a capacidade de realizar esforço, as respostas agudas cardio-respiratórias (FC, PA, e variabilidade
da FC) e metabólicas (glicose, ácido lático, triglicérides, VO e VCO ) durante e após o exercício físico.
Todos os resultados obtidos até o momento são apresentados como média ± desvio padrão. Teste de
Correlação, Regressão linear e análise de variância (ANOVA) seguida de post-hoc foram devidamente
aplicados para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram considerados significativos. Até o presente
momento foram realizados os grupos Controle e Frutose. Os resultados demonstraram: O peso corporal
não foi diferente entre os grupos, porém a partir da 3° semana os dois grupos tiveram um aumento de
peso significativo. O nível de lactato no final do exercício no grupo F foi maior quando comparado com
os 30 minutos pós-exercício do mesmo grupo, porém não houve diferença entre os grupos. O nível de
triglicerídeos não foi diferente entre os grupos e nem entre as diferentes situações dentro dos próprios
grupos. O valor de glicemia foi maior no grupo F, no final do exercício e na recuperação quando comparado
com o basal. O consumo de 02 durante o exercício foi maior no grupo F. Na recuperação observamos
que o três minutos após o término do exercício o consumo de O2 continua elevado quando comparado
ao grupo controle. As variáveis hemodinâmicas estarão sendo avaliadas
em um mesmo indivíduo (Lopes et al., 2001). Embora poucos dados epidemiológicos existam,
A Síndrome Metabólica (SM) é uma doença
o 3o. Censo de Saúde e Nutrição dos Estados Uni-
comum da atualidade, caracterizada pela associa-
dos sugere que cerca de 23,7% da população adul-
ção de diferentes fatores de risco, tais como hiper-
ta americana é portadora da SM (Ford et al.,
tensão, dislipidemia, diabetes mellitus e obesidade,
2002). O mesmo estudo demonstrou que a preva-lência pode ser maior (43,5%) na faixa etária de 60 a 69 anos. No Brasil, ainda não existem estu-dos conclusivos sobre a prevalência da doença,
uma vez que diferentes critérios têm sido adota-
* Aluna do curso de graduação em Educação Fsica.
dos para a definição da SM, o que por sua vez di-
** Professor do programa de Pós-Gradução Stricto Sensu em
ficulta o levantamento epidemiológico da doença.
Sabe-se que a SM aumenta a mortalidade por
evento cardiovascular em 2,5 vezes (I Brazilian
(Mayes, 1993). O mesmo autor verificou que a so-
guidelines on diagnosis and treatment of metabo-
brecarga de frutose pode ainda causar seqüestro
lic syndrome, 2005). Por essa razão, esta doença
de fosfato inorgânico da frutose 1 fosfato e dimi-
nuição da síntese de ATP. Conseqüentemente a
Experimentalmente, a SM vem sendo estuda
frutose pode produzir glicose, glicogênio, piruva-
através da sobrecarga de frutose na dieta, através
to e ácido láctico de forma descontrolada, alte-
de ração comercial rica em frutose (60%) (Hwang
rando o metabolismo energético basal.
et al., 1987;Nakagawa et al., 2006) ou adicionando
O metabolismo energético basal é considera-
frutose na água de beber (10 a 20%) (Dai and Mc-
do o maior componente do gasto energético diá-
Neil , 1995). Animais que são tratados com fruto-
rio (GED), representando aproximadamente 70%
se, independente da via, apresentam distúrbios
deste. O gasto energético diário pode ser fracio-
semelhantes aqueles encontrados em pacientes
nado nos seguintes componentes: taxa metabóli-
com SM, como alteração do metabolismo energé-
ca basal, termogênese induzida pela dieta e
tico, resistência à insulina, aumento dos triglicerí-
termogênese da atividade física. A mensuração
deos e da insulina plasmática e hipertensão (Farah
do gasto energético pode ser realizada por vários
et al., 2006; Suzuki et al., 1997;Yoshida et al.,
métodos, dentre eles, a calorimetria indireta, que
é baseada na determinação das taxas de consumo
Ao contrário da glicose, a frutose não estimula
de oxigênio e da produção de dióxido de carbono.
a secreção de insulina e leptina, e sim de hormô-
O quociente respiratório, que é a quantidade de
nios ligados a estimulação do apetite, o que suge-
gás carbônico produzido pela quantidade de oxi-
re que esta substância pode favorecer o ganho de
gênio consumido na combustão dos alimentos,
peso e o desenvolvimento da obesidade (Teff et
pode ser utilizado para estimar as taxas de oxida-
al., 2004). Além disso, a frutose é mais lipogênica
ção de carboidratos e gorduras. Segundo Snitker e
do que a própria glicose, causando aumento dos
coloboradores, indivíduos com baixo coeficiente
níveis de triglicérides circulantes (Hallfrisch,
respiratório demonstram menor tendência a ga-
1990). Por essas razões, evidências clínicas e epide-
nho de peso, devido a maior oxidação de gordu-
miológicas sugerem uma progressiva associação
ras (Snitker et al., 2000). O mesmo autor sugere
entre o consumo de frutose e o desenvolvimento
correlação entre o coeficiente respiratório e a ati-
da obesidade, acompanhada de outras anormali-
vidade nervosa simpática, uma vez que indivídu-
dades que são evidenciadas na SM (Elliott et al.,
os com baixa atividade simpática apresentaram
2002). A maioria dos efeitos da frutose são devido
menor oxidação de gorduras. Portanto, as altera-
a rápida utilização através do fígado que a conver-
ções no controle autonômico que são observadas
te em gliceraldeído e diidroxiacetona (Basciano et
em indivíduos com SM podem alterar estar cor-
al., 2005). Estes produtos da frutose podem con-
relacionada com mudanças do metabolismo
vergir para a via glicolítica. Então, diferente da
energético basal e como conseqüência, diminui-
glicose a frutose pode entrar na via glicolítica in-
ção do gasto energético levando a obesidade. O
dependente do principal mecanismo de controle
trabalho de Tordofff demonstrou que o consumo
da via glicolítica que é regulado pela enzima fos-
de alta quantidade de frutose em refrigerante por
fofrutocinase, através da transformação de gluco-
três semanas promoveu alteração no metabolismo
se 6-fosfato à frutose 1,6 bifosfato (Basciano et al.,
energético basal, associado ao ganho de peso em
2005). Assim, enquanto o metabolismo da glicose
homens e mulheres (Tordoff and Al eva, 1990).
é controlado negativamente através da fosfofruto-
O gasto energético diário pode ser alterado
cinase, a frutose pode continuamente entrar na
através do exercício físico. O exercício físico ca-
via glicolítica. A conseqüência imediata inclui o
racteriza-se por elevar a necessidade energética
aumento hepático de piruvato e ácido láctico, ati-
do organismo, exigindo alterações agudas no me-
vação da enzima piruvato desidrogenase, e desvio
tabolismo celular e no controle neuroendócrino.
no balanço de oxidação para oxidação de lipídios
Por isso, respostas fisiológicas como o aumento
ago. l l ao ii, º l 9-16
da ventilação, da freqüência cardíaca, do volume
progressivo, apenas acima da intensidade corres-
sistólico, do débito cardíaco, da pressão arterial e
pondente com 63% do VO2max, sugerindo au-
do fluxo sanguíneo, da ação da insulina e da cap-
mento da atividade simpática em cargas mais
tação da glicose pelo músculo, são necessárias
elevadas de trabalho, corroborando o estudo de
para manter a necessidade energética durante o
exercício (Kemmer and Berger, 1983). Sabe-se
No entanto, esta relação pode ser alterada em
que tais alterações estão relacionadas aos ajustes
indivíduo que apresentam frente a diferentes fa-
autonômicos que ocorrem durante a transição do
tores, como por exemplo, a capacidade aeróbia
repouso para o exercício. Em indivíduos saudá-
alterada. Tulppo e colaboradores estudaram a
veis o tônus parassimpático predomina em situa-
VFC durante o exercício progressivo em indiví-
ção de repouso. Porém, alguns fatores podem
duos que apresentavam diferentes níveis de capa-
influenciar o controle autonômico da FC, tais
cidade aeróbia. Os resultados demonstraram que
como, idade, peso corporal e nível de condiciona-
durante a realização do exercício a modulação va-
mento físico. O aumento da idade e do peso cor-
gal da FC foi maior nos indivíduos que apresenta-
poral está associado a ativação simpática e
ram os maiores índices de capacidade aeróbia.
diminuição da variabilidade no repouso (Gutin et
Além disso, observou que a retirada do compo-
al., 2000;Hirsch et al., 1991;Lipsitz et al., 1990;
nente vagal ocorre mais tardiamente, quando
Shannon et al., 1987;Zahorska-Markiewicz et al.,
comparado aos indivíduos menos ativos (Tulppo
1993). O estudo de Jensen Urstad e colaboradores
et al., 1998), suportando a idéia de que fatores
demonstrou que diminuição dos níveis de capaci-
inerentes ao próprio exercício podem alterar a
dade aeróbia pode diminuir a variabilidade da
modulação da FC. A interrupção do exercício é
freqüência cardíaca (VFC) associado a alterações
marcada por retorno do predomínio parassimpá-
no controle autonômico (Jensen-Urstad et al., 1997).
tico sobre o simpático, restaurando os valores de
Estudos experimentais e em humano têm de-
FC aos valores de repouso (Eckberg et al., 1992;
monstrado que o controle autonômico parassim-
pático tem importante função durante o exercício
As alterações autonômicas associadas aos
(Schwartz et al., 1984;Vanoli et al., 1991). O au-
ajustes fisiológicos pós-exercício são menos co-
mento da FC de forma proporcional à intensida-
nhecidas que as alterações que ocorrem durante o
de do exercício físico se deve não apenas pela
exercício. Porém algumas evidências sugerem
ativação simpática, como também pela retirada
que, o período de recuperação pós-exercício está
do parassimpático. Robinson et al. (1966), de-
associado com aumento da ativação vagal, sendo
monstraram esse fato de que o aumento da FC
considerado um dos principais mecanismos para
durante o exercício está relacionado principal-
explicar a diminuição do trabalho cardíaco após o
mente à retirada vagal com intensidade de até
exercício (Carter, III et al., 1999;Savin et al.,
~60% do VO2max (Robinson et al., 1966). O
1982b). Foi demonstrado também que, durante a
mesmo autor demonstrou ainda que a atividade
recuperação de uma sessão de exercício, a varia-
simpática é responsável pelo aumento da FC
bilidade da FC, que estava diminuída durante o
quando o exercício é realizado acima de 60% do
exercício, é gradualmente recuperada (Kluess et
VO2max. Associado a esta mudança autonômica,
al., 2000;Oida et al., 1997). O estudo de Javorka e
já foi demonstrado também que durante um exer-
colaboradores demonstrou que elevação da varia-
cício de intensidade progressiva ocorre diminui-
bilidade da FC ocorre principalmente até trinta
ção da VFC e do componente de alta freqüência,
minutos após o termino do exercício em huma-
que representa a atividade parassimpática, de for-
nos. No entanto, após esse período, a variabilida-
ma proporcional ao aumento da intensidade (Ya-
de da FC continuava diminuída em relação aos
mamoto et al., 1991). Além disso, o estudo de
valores de repouso (Javorka et al., 2002). No en-
Yamomoto demonstrou que a razão LF/HF au-
tanto, a demora no restabelecimento da VFC na
mentou significativamente durante o exercício
recuperação do exercício pode ser um preditor de
risco aumentado para eventos cardiovasculares e
exercício físico regular na prevenção e no contro-
de mortalidade em indivíduo que assintomático)
le da SM. Experimentalmente, a SM tem sido es-
ou não, como já foi demonstrado em pacientes
tudada através da adição de frutose na dieta.
com doença isquêmica ou diabetes mellitus) e na
Embora alguns estudos já tenham demonstrado
síndrome metabólica (Sung et al., 2005). O retar-
que a sobrecarga de frutose altera o metabolismo
do na recuperação da FC pode ser atribuído à dis-
de repouso, ainda não foi é conhecido se a sobre-
função vagal, uma vez que essa fase é reconhecida
carga de frutose pode prejudicar a capacidade de
pelo restabelecimento da atividade parassimpáti-
realizar esforço. Dessa forma, o estudo das res-
ca aos valores de repouso. O restabelecimento da
postas agudas metabólicas e cardiorrespiratórias
VFC durante a recuperação pós-exercício foi
neste modelo experimental, pode contribuir não
apenas para a área da Educação Física, mas para
(oscilações de alta freqüência, representando a
toda área da saúde, trazendo evidências dos efei-
atividade vagal) e do componente LF (oscilações
tos da sobrecarga de frutose na performance, no
baixa freqüência, representando atividade vagal e
metabolismo energético e no sistema cardiorres-
simpática) durante a recuperação (Javorka et al.,
2002). Esses dados sugerem que atividade vagal
tende a ser estabelecida durante a recuperação
pós-exercício sem grandes alterações no compo-nente simpático. Porém pouco se conhece sobre a
O objetivo geral deste trabalho foi estudar a influ-
resposta simpático-vagal em no modelo experi-
ência da sobrecarga de frutose na capacidade de
mental de SM induzido pela frutose e sua relação
realizar esforço, nas respostas agudas metabólicas
com os hormônios envolvidos no metabolismo
e cardiorrespiratórias durante e após um teste de
energético após a realização de uma sessão de
Os objetivos específicos compreendem avaliar
Embora alguns estudos já tenham demonstra-
após sobrecarga de frutose em ratos Wistar sub-
do que a sobrecarga de frutose altera o metabolis-
metidos a um teste de exercício físico progressivo
mo de repouso, não está claro se sobrecarga de
frutose pode alterar a capacidade de realizar es-forço. Portanto, frente as diferentes evidências já
demonstradas, acreditamos que a sobrecarga de
frutose altera a capacidade de realizar esforço, e
• Concentração de glicose, ácido lático e tri-
que essas alterações estão associadas a prejuízo
no metabolismo energético e no controle cardior-
• Freqüência cardíaca e pressão Arterial
• Variabilidade da Freqüência Cardíaca
A síndrome metabólica vem sendo diagnosticada
O presente projeto foi aprovado pelo Comitê
de forma crescente na população, mesmo com
de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas
tantas campanhas para prevenção de doenças e
aderência ao estilo de vida saudável. Nos Estados Unidos, um em cada cinco pessoas tem síndrome
metabólica. Esta doença aumenta seu desenvolvi-
Para realização de todos os estudos propostos
mento com o envelhecimento, e pode ser acentu-
foram utilizados ratos Wistar (Rattus norvegicus,
ada pela inatividade física e baixo nível de
var. albinus) machos, com peso à partir de 100 g e
condicionamento físico. Por isso, medico e pro-
idade de, aproximadamente, 1 mês procedentes
gramas de saúde recomendam a realização de
da mesma linhagem do Biotério da Universidade
ago. l l ao ii, º l 9-16
São Judas Tadeu. Os animais foram mantidos em
para cada animal. O critério utilizado para a de-
gaiolas coletivas contendo, no máximo, 4 animais
terminação da exaustão do animal e interrupção
em cada uma, em ambiente com temperatura
do teste foi o momento em que o rato não foi mais
controlada de 22º - 24º, sob ciclo claro/escuro de
capaz de correr mediante o incremento de veloci-
12 horas e, terão livre acesso à água e alimento
dade da esteira (Brooks e White, 1978). Este teste
(Nuvilab CR1, Nuvital Nutrientes Ltda, Curitiba,
apresenta correlação significativa com a medida
PR). Como critérios de exclusão, os animais não
do consumo direto de oxigênio em ratos machos,
poderiam ser procedentes de outra linhagem, fê-
conforme evidenciado por Rodrigues et al.,
meas, apresentar qualquer patologia no início do
(2006), o que permite fidedignidade para a pres-
protocolo e a idade e o peso que estivem fora do
crição e controle do treinamento físico. A realiza-
limite estabelecido nos critérios de inclusão.
ção do teste de esforço serviu de base para evidenciar se a sobrecarga de frutose altera a per-
induo do modelo experimental de sndrome metablicaA síndrome metabólica foi induzida com a so-
brecarga de frutose na água de beber (D-frutose,
100g/L) (Suzuki et al., 1997). O tratamento de
Para análise da variabilidade da FC os ratos
frutose foi de 18 semanas em todos os estudos re-
foram anestesiados com uma solução de cloridra-
alizados. O consumo da frutose (CF) foi mensu-
to de ketamina (80 mg/kg) e xylazina (12 mg/kg)
rado a cada dois dias, através da subtração do
por via intraperitoneal, para implantação de câ-
volume total oferecido (VTO) menos o volume
nulas na artéria carótida e veia jugular, para regis-
tro direto da PA e infusão de drogas (fig 1). Este procedimento foi realizado 48 horas antes do tes-
Grupos:Os animais foram divididos em 2 grupos com
• Controle (C): foram alimentados com ra-
ção industrial para ratos e água, por um período de 9 semanas.
• Frutose (F): foram alimentados com ração
industrial para ratos e água com frutose (10%), por um período de 9 semanas. Figura 1 – Canulação da artéria carótida teste de esforo mximoOs grupos estudados foram submetidos à
adaptação (1 semana; 10 min/dia; 0,3 km/h) e a
Os valores de pressão arterial (PA) e freqüên-
protocolos de teste de esforço máximo em uma
cia cardíaca (FC) foram obtidos antes, durante e
esteira ergométrica no início e no final do trata-
após o teste de esforço máximo. A cânula foi co-
mento com frutose (9 semanas). O teste de esfor-
nectada a um transdutor eletromagnético (Sta-
ço constitui em um protocolo escalonado com
than, modelo P23Dd) que foi acoplado a um
incrementos de velocidade de 0,3 km/h a cada 3
amplificador (general Purpose Amplifier, Stemtech,
minutos, até que seja atingida a velocidade máxi-
Inc., USA). Os sinais analógicos foram convertidos
ma suportada pelos animais. Distância, velocida-
a digitais através de uma placa conversora A/D (10
de máxima alcançada e tempo foram determinados
bits, Stemtech, Inc.,USA) e registrados batimento
a batimento através do programa AT/CODAS
propósito de aclimatação do animal dentro da
(DataQ Instruments,Inc., USA), com uma freqü-
caixa metabólica. Imediatamente após a coleta de
ência de amostragem de 2000 Hz (fig 2). Os regis-
repouso foi iniciado o teste de esforço (descrito
tros originais de pressão arterial pulsátil em
anteriormente). A determinação metabólica de
repouso foram submetidos para análise do con-
consumo de oxigênio foi de acordo com o méto-
trole autonômico cardiovascular, através de ferra-
do descrito por BROOKS e WHITE, (1978). O
consumo de oxigênio (VO2) foi avaliado por
variabilidade da FC e da pressão arterial sistólica
meio de uma caixa metabólica conectada a um
(PAS). A partir do processamento do sinal da PA,
sensor de oxigênio (Ametek N-22M-S-3A/I) que
gerado foram calculados o intervalo de pulso
analisa, continuamente, as amostras das frações
(FC) e os valores dos picos da onda de pressão
expiradas de oxigênio (FeO2), bem como os valo-
sistólica e diastólica. Essa operação computacio-
res das concentrações ambientais de oxigênio
nal tornou possível transformar os registros dos
(FiO2). Posteriormente os valores de VO2 de cada
sinais biológicos em séries temporais de pressão
animal foi calculado pela seguinte fórmula mate-
arterial sistólica e intervalo de pulso (FC) em pla-
nilha eletrônica (por exemplo, em formato Excel),
e em seguida, transformados em arquivos .txt
FeO2)/PC, onde: VE = Fluxo da bomba de sucção
para serem processados pelos programas de aná-
(ml/min); FiO2 = Fração inspirada de O2; FeO2
lise de sinais. A variabilidade do intervalo de pul-
= Fração expirada de O2; PC = Peso corporal do
so (variabilidade da FC) no domínio do tempo
será medida através do método autoregressivo (Malliani et al., 1991). anlise de dadosTodos os resultados serão apresentados como
determinao de cido ltico,
média ± desvio padrão. Teste de análise de vari-
ância (ANOVA) seguido de post-hoc Bonferroni
Os animais foram submetidos a jejum de 2 ho-
serão devidamente aplicados para análise dos da-
ras antes da realização do teste de esforço para
dos. Valores de p<0,05 serão considerados signifi-
padronização dos níveis de ácido lático, glicose e
triglicérides no sangue. Antes do início do teste foi retirada uma gota de sangue da cauda para
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Work sheet Atomic Structure & Periodic Table Q. (1) The element which has the highest first ionization energy in the given elements is: Q. (2) The compound which forms a colored aqueous solution is: 2. CrCl3 3. Sodium hydroxide 4. Potassium Bromide Q. (3) When a metal atom combines with a nonmetal atom, the non metal atom will 2. Lose electrons and its size increases 3. Gain electrons
SSRIs for Depression in Teens and Children Side Effects : May RCT shows Approved efficacy in Medication Anticholinergic Side Sedating Depression (generic) Trade Name Initial Dose Comments Teen/Child in Teens & Depression Children +, esp nausea, sexual dysfunction, anorexia 0, esp diarrhea & male sexual dysfunction Psyc