FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS JULIANA TALHATE PERFIL DE CONSUMO DE MEDICAMENTOS DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II VITÓRIA JULIANA TALHATE PERFIL DE CONSUMO DE MEDICAMENTOS DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO II
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
pesquisa Marketing, da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Administração.
VITÓRIA
O objetivo do presente estudo foi entender o perfil do consumo de medicamento dos
pacientes portadores de Diabetes mellitus tipo II, ressaltando o consumo de
medicamentos pelos mesmos, bem como identificar fatores que auxiliam no
tratamento da doença. A metodologia proposta foi uma pesquisa de campo com
questionário semi-estruturado com método probit. Em resposta ao problema de
pesquisa apresentado na introdução deste estudo, é possível afirmar que os
pacientes diabéticos apresentam muitas dúvidas em relação aos medicamentos.
Muitos desses pacientes desconhecem os efeitos colaterais, não sabem a dosagem
correta a ser administrada e têm dúvidas sobre qual o tipo de medicamento que
estão tomando. O índice exercícios físicos apresenta uma grande significância, ou
seja, 55,8% de queda na probabilidade de abandono do tratamento. Já a dieta não
apresentou qualquer influência no abandono, porém a crença de possuir uma vida
melhor é de quase 77%. Assim, a informação ao paciente diabético sobre o
medicamento e estilo de vida, bem como o acompanhamento a este paciente são
fatores primordiais para o não abandono do uso.
Palavras-chaves: tratamento, abandono, Diabetes ABSTRACT
The objective of this study was to understand the profile of drug consumption in
patients with diabetes mellitus type II, emphasizing the consumption of drugs by the
same, and to identify factors that help in treating the disease. The proposed
methodology was field research with a semi-structured questionnaire with probit
method. In response to the research problem presented in the introduction to this
study, we can say that diabetic patients have many questions about medicines. Many
patients are unaware of these side effects, do not know the correct dosage to be
administered and have questions about what type of medication they are taking. The
index of physical exercise has a large significance, ie, 55.8% decrease in the
likelihood of noncompliance. Since the diet did not show any influence on the
abandonment, but the belief is to have a better life for almost 77%. Thus, patient
information on diabetes medication and lifestyle, as well as follow up on this patient
are primary factors for the non-withdrawal use.
Keywords: treatment, abandonment, Diabetes SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 05 2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO POR PACIENTES
3. DIABETES MELLITUS
3.1 HIPOGLICEMIANTES ORAIS – ANTIDIABÉTICOS.16
4. METODOLOGIA 17 5. BASES DE DADOS E ESTATÍSTICA DESCRITIVA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS.33 1 INTRODUÇÃO
Este estudo trata do comportamento do paciente, portador de Diabetes mellitus tipo II, frente à terapia medicamentosa proposta, onde este
medicamento possui um valor diferenciado para cada pessoa, sendo estas
informações de grande importância para o aumento de vendas da indústria.
Aqui, busca-se identificar os determinantes do abandono do tratamento, pois,
quando há a desistência, há a hipótese de que exista a diminuição de vendas
A indústria farmacêutica é um setor que cresce a cada ano de maneira
grandiosa. De acordo com a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica -
FEBRAFARMA, só em 2009, houve um faturamento de 15,23 bilhões de
dólares, significando um crescimento de 12,9% se comparado com o
faturamento de 2008, quando as maiores indústrias do segmento comemoram
a venda de milhões de unidades de medicamentos.
Até o presente momento, existem vários incentivos ao consumo, como a
necessidade, o status, o próprio grupo, dentre outros, que vem da cultura de cada
grupo, onde cada indivíduo está inserido. Hoje existem conceitos que enfatizam que
o consumo está impregnado de simbolismo, sobre o qual o próprio indivíduo insere
suas crenças, suas ideologias, sua identidade, seu status e poder perante o grupo.
No segmento de saúde, o medicamento virou uma mercadoria recheada de
simbolismo, onde a maioria dos indivíduos que o consomem, depositam suas
crenças e verdades para melhora de sua saúde, ressaltando o aumento do consumo
por meio da automedicação (LEFREVE, 1983).
Com o objetivo de definir o perfil de consumo de medicamentos dos
diabéticos, este estudo aborda as indagações corriqueiras deste grupo de pacientes,
onde para alguns, o medicamento pode significar melhora na qualidade de vida,
para outros, porém, pode associar a falta do uso do medicamento à morte ou que
utilizam o medicamento por determinado período com a justificativa de que estes
promovam algum tipo de sofrimento, como efeitos colaterais. É o que pode ser
comprovado por um estudo desenvolvido por Cardoso e Arruda (2005), ressaltando
que a presença de efeitos colaterais foi o principal fator pelo qual, a maioria dos
pacientes abandona o tratamento ou deixa de consumir o medicamento por
determinado tempo, por causa deste fator, onde o abandono da terapia pode causar
danos maiores ao organismo do indivíduo.
Por isso, devido à terapia medicamentosa ter significados diferentes para
cada grupo de indivíduos, a indústria farmacêutica pode aperfeiçoar a abordagem
destes grupos de pacientes, como uma possível forma de alavancar as vendas
dessa classe terapêutica de medicamentos.
A metodologia utilizada foi um questionário, criado especificamente para este
estudo, com análise feita através do método probit onde resultou em dados
significativos para a aderência do paciente ao tratamento, como, por exemplo, os
exercícios físicos e a informação dada ao paciente, são fatores relevantes para a
não desistência. Outros dados não significativos também fizeram parte da pesquisa,
como sexo e escolaridade, porém, não apresentaram qualquer influência na não
A estrutura deste se faz por meio de um capítulo onde aborda-se uma revisão
bibliográfica geral sobre conceitos básicos de cultura e consumo, bem como sobre a
adesão à terapia medicamentosa. O terceiro capítulo segue elucidando conceitos
primordiais sobre o Diabetes mellitus. O capítulo seguinte aborda a metodologia,
descriminada de forma mais detalhada sobre o método probit e o questionário
usado. O capítulo 5 ressalta a base de dados e estatística descritiva do estudo,
explanando os valores desta pesquisa. Por último, segue o capítulo dos resultados,
sendo abordados e citados conforme a significância do estudo.
CAPÍTULO 2 REVISÃO DA LITERATURA
O conceito de cultura está intimamente ligado às noções de ciências sociais,
fornecendo resposta satisfatória entre à diferença de povos, evoluindo de acordo
Segundo Cuche (1999), a evolução dos conceitos de cultura galgou de
acordo com alguns momentos, partindo desde a sistematização com Taylor até a
discussão sobre cultura e identidade. Isso prova que o homem é um ser de cultura,
transformando a natureza, fazendo com que aconteçam diferenças que resultam em
populações com escolhas, invenções e resoluções de problemas de maneiras
distintas. Para se entender o comportamento humano inserido no mundo, é preciso
considerar as diferentes concepções de valores, remetendo aos modos de vidas, de
pensamentos, de crenças de cada indivíduo que compõe um grupo, ressaltando a
individualidade ou a diversidade (LARAIA, 1997).
Nos últimos tempos, tem havido uma revolução no comportamento do
consumidor, que ocupa um espaço importante dentro do marketing, defendendo a
essência do ato de consumir. A partir desta revolução de conceitos, entendeu-se
que todo o consumo é recheado de significados simbólicos, enfatizando pontos
essenciais para a vida, fazendo com que o consumidor diga alguma coisa sobre si
mesmo ao utilizar um bem ou serviço (DOUGLAS; ISHERWOOD, 1979).
O consumidor lança mão de bens e serviços como consumo para reafirmar
seu ponto de vista frente ao grupo o qual pertence, definir sua posição, para
enfatizar seu gênero e etnia, para reafirmar sua identidade, para marcar passagens
ou negar relações com outros, enfim, tais significados estão acima da simples ordem
econômica, funcional e ou material do consumo (ROCHA;ROCHA, 2007).
De acordo com Rook (1985), os rituais de consumo estão associados à trocas
de bem e serviços, especialmente buscados em ocasiões marcantes para o
indivíduo como em um momento dramático ou em um ato solene.
O movimento do significado de bens e serviços se inicia através da
propaganda, da moda, onde percebe-se que o significado do consumo é criado e
transferido de indivíduo para indivíduo, segundo McCracken (2003). Ele ainda afirma
que o surgimento do consumo moderno se dá através da transformação de valores
Na sociedade atual, a saúde passou a ser um “objeto” de desejo, sendo
intensamente explorada comercialmente. Os medicamentos, de modo geral,
desempenham um papel importante nesse comércio que diz respeito à função
significativa ou simbólica, representando a saúde. Sendo assim, o medicamento cria
a hipótese de que uma patologia, como o Diabetes mellitus II, é um fator orgânico
temporário, que pode ser enfrentado pela mercadoria medicamento, sendo visto
como um modo de obter a saúde desejada e que cria a idéia de que qualquer
sofrimento ou qualquer situação que fuja dos padrões saudáveis, pode ser
solucionado através de qualquer comprimido (LEFREVE, 1983).
Segundo Nascimento (2005), a eficácia desta simbolização de medicamentos
está intimamente ligada às crenças, valores vividos no imaginário da sociedade,
fazendo com que os procedimentos e modo de vida adquiridos sejam sustentados
pelo consumo de mercadorias. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (2005), juntamente com o Ministério da Saúde, quase 53 mil
brasileiros são portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão,
reumatismo, tendinite, dores musculares e coluna, sendo que a incidência destas
doenças crônicas está nas classes mais altas.
As doenças crônicas, como Diabetes mellitus, quando não diagnosticada e
tratada, podem levar a sérias complicações, como amputação de membros e até a
morte. Estes agravos podem ser diminuídos, caso o paciente siga as orientações e
utilize os medicamentos, fazendo uso de dieta correta e exercícios físicos (LINCK ET
A aderência significativa ao tratamento de uma doença crônica está ligada ao
que o paciente entende como terapêutica, tendo como componente principal o
medicamento como o agente de manutenção e prevenção da saúde, deixando para
segundo plano a alimentação e as atividades físicas. Segundo Linck et al (2008), é
importante, portanto, compreender os valores, crenças, situação econômica do
indivíduo para que se entenda o real significado que o paciente dá ao medicamento
para tratamento de uma patologia crônica.
2.1 ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO POR PACIENTES DIABÉTICOS
A adesão ao tratamento medicamentoso por parte do paciente com Diabetes mellitus depende de algumas características específicas, dentre elas, destaca-se a
necessidade de informação ao paciente sobre o medicamento, seus efeitos no
tratamento da doença, os possíveis efeitos colaterais e a necessidade de seguir a
terapêutica medicamentosa corretamente.
A não adesão à terapêutica significa o não cumprimento ou a inobservância do tratamento correspondente à divergência com o conselho médico. A não adesão ao tratamento é um dos problemas centrais da medicina atual, calculando-se que pelo menos um terço dos usuários não segue a rigor ou na totalidade os tratamentos que lhes são prescritos.
Em pacientes portadores de Diabetes mellitus tipo I ou II, o não cumprimento
das determinações médicas pode acarretar diversas consequências, como por
exemplo: interferir na avaliação da resposta clínica e causar fracasso terapêutico
que ocasionará o aumento da glicemia com consequentes complicações agudas e
Araújo et al (2010, p.48) afirmam em seu estudo que, de modo geral:
O cumprimento do tratamento farmacológico representa uma complexa interação entre três pilares: fatores sociais, fatores relativos ao paciente e fatores relativos aos profissionais de saúde. Aspectos como condição socioeconômica
sociodemográficos), tipo de fármaco prescrito, quantidade de comprimidos por dia (fatores relativos ao tratamento medicamentoso), tempo de doença, enfermidades e medicamentos associados (fatores clínicos) e orientações recebidas dos profissionais de saúde se relacionam com o êxito ou fracasso da adesão a regimes farmacológicos.
Araújo et al. (2010) afirmam, ainda, que muitos pacientes diabéticos não
sabem o nome correto de sua medicação; outros não sabem o horário mais
adequado para consumir o medicamento; e, a maioria, tem apenas noção do
mecanismo de ação dos antidiabéticos orais prescritos.
Segundo Pires e Freitas (2006), os principais motivos dos pacientes
diabéticos para a não adesão à terapêutica medicamentosa são: 21% dos pacientes
diabéticos não dão importância ao uso do(s) medicamento(s); 15,8% não aderem à
terapêutica devido à ausência do(s) medicamentos(s) no Centro de Saúde; 15,8%
não sabem como devem tomar os medicamentos; 10,5% não tinham um apoio
familiar, ou seja, alguém que pudesse aplicar a insulina ou lembrar o horário de
tomada dos medicamentos; 10,5% não aceita o uso contínuo dos medicamentos;
10,5% não acham confortável tomar os comprimidos ou injeções; 5,3% esquecem
de tomar os medicamentos; 5,3% não continuaram a tomar os medicamentos assim
que os mesmos acabaram, portanto, não comprou novos medicamentos; 5,3%
argumentam que os medicamentos apresentam efeitos adversos.
Martins (2007, p. 19) concluiu em seu estudo que:
A baixa adesão ao tratamento, independente do acesso a estes, reforça a necessidade de reorientação da assistência farmacêutica, para que esta seja capaz de reconhecer as carências específicas do usuário de medicamentos e de auxiliar a superá-las. Assim, a prática da atenção farmacêutica mostrou-se capaz de melhorar a adesão do tratamento medicamentoso, especialmente aquela relacionada com a falta de compreensão sobre o tratamento. Desta forma, pode ser útil na racionalização do uso de recursos em medicamentos e em tratamentos de co-morbidades causadas pela baixa adesão. O trabalho comprovou a necessidade de se oferecer serviços de acompanhamento terapêutico aos usuários de medicamentos, especialmente ao portador de patologias crônicas. A participação efetiva dos usuários cadastrados e suas disposições em atenderem as orientações prestadas, corrobora a filosofia da prática da Atenção Farmacêutica: conscientização e co-participação do usuário no processo de cuidado e saúde.
O estudo realizado por Peres et al (2007) revelou que os pacientes diabéticos
participantes do estudo apresentaram, em sua maioria, dificuldades em relação ao
uso de medicamentos, seja por motivos de dúvidas em relação à dosagem e o modo
correto de usar, seja por franca recusa em utilizar o medicamento, ou ainda, por
alegar esquecimento. Algumas características enfatizadas neste estudo, entre os
portadores de Diabetes mellitus, é o medo em relação aos efeitos do medicamento;
a falta de conhecimento sobre as reações adversas ou a melhora que o
medicamento pode proporcionar à saúde do paciente.
A informação sobre os medicamentos por parte de médicos, enfermeiros e
farmacêuticos é uma forma de conscientizar os pacientes diabéticos acerca da
importância de tomar o medicamento regularmente. (BLACKWELL ET AL, 2000)
Este presente estudo consiste em apresentar os principais fatores que
incentivam o uso de medicamentos hipoglicemiantes, respaldado em características
de um grupo de pacientes portadores de Diabetes mellitus do tipo II, que foram
abordados com relação a estilo de vida, informações quanto à posologia, maneira de
uso, dentre outros fatores, que, em algum momento da terapia medicamentosa,
podem influenciar em seu uso ou não. (LEITE ET AL, 2003)
CAPÍTULO 3 DIABETES MELLITUS
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que tem seu aparecimento súbito em
curso. Tal assertiva tem como base os seguintes dados (DIRETRIZES SBD, 2010):
• Em 1985 as estimativas indicavam que existiam 30 milhões de adultos
• Em 1995 o número de adultos com DM evoluiu para 135 milhões;
• As estimativas indicam que no ano de 2030 o número de adultos com
O número de indivíduos com DM está aumentando devido ao crescimento e
ao envelhecimento populacional, à maior urbanização e a mudança de hábito
alimentares, onde muitas pessoas se tornaram mais obesas e sedentárias.
A incidência do Diabetes Mellitus tipo II (DM2) é difícil de ser determinada em
grandes populações, pois depende de um estudo, de alguns anos, baseado em
medições periódicas de glicemia. Os estudos de incidência são geralmente restritos
ao DM tipo I, devido ao fato de suas manifestações iniciais serem bem
De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2010), a
DM pode ser classificada e definida como se segue:
• Diabetes Mellitus tipo I: forma presente de 5% a 10% dos casos. É
o resultado de uma destruição das células beta-pancreáticas com
consequente deficiência de insulina. Na maioria dos casos essa
destruição das células beta é mediada por autoimunidade, porém
existem casos em que não há evidências desse processo
autoimune, sendo, portanto, referida como forma idiopática do
• Diabetes Mellitus tipo II: forma presente de 90% a 95% dos casos e
caracteriza-se por defeitos na ação e na secreção da insulina. Em
geral, ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se
manifesta, porém pode haver predomínio de um deles. A maioria
dos pacientes com esse tipo de DM apresenta sobrepeso ou
obesidade e cetoacidose, que dá origem ao mau hálito. Este tipo de
diabetes pode ocorrer em qualquer idade, mas é geralmente
diagnosticado após os 40 anos. Na Diabetes mellitus tipo 2 os
pacientes não são dependentes de insulina exógena para
sobrevivência, porém podem necessitar de tratamento com insulina
para a obtenção de um controle metabólico adequado.
A base do tratamento de pacientes com DM, principalmente a do tipo II, é a
orientação nutricional e o estabelecimento de dieta, associados a mudanças no
estilo de vida, incluindo atividade física – estas são consideradas terapias de
primeira escolha. Mas, em alguns casos a terapia medicamentosa é necessária.
Igarbi et al (2004) afirmam que a terapia medicamentosa do Diabetes Mellitus tipo II deve ser iniciada quando as recomendações nutricionais e de atividade física
não forem eficazes para manter os níveis de glicemia inferiores a 7,0, mesmo em
pacientes sem queixas, com boa qualidade de vida, e aderentes às orientações
3.1 HIPOGLICEMIANTES ORAIS – ANTIDIABÉTICOS
Os agentes hipoglicemiantes orais são substâncias cuja finalidade é baixar a
glicemia e mantê-la normal (jejum < 100mg/dl e pós-prandial < 140mg/dl)
Os anexos A e B apresentam as classes de hipoglicemiantes/antidiabéticos
orais disponíveis comercialmente no Brasil, bem como o tratamento para Diabetes mellitus tipo II ( DIRETRIZES SBD, 2010).
O critério para a escolha do hipoglicemiante oral deve levar em consideração
• Os valores das glicemias de jejum e pós-prandial e da hemoglobina glicada;
• A presença de complicações, outros transtornos metabólicos e doenças
• As possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e as
Uma vez apresentadas as considerações iniciais sobre o Diabete mellitus tipo II e os medicamentos, segue-se as considerações sobre a metodologia deste
CAPÍTULO 4 METODOLOGIA
De acordo com Creswell (2007), o método de pesquisa empregado neste
estudo foi o quantitativo, que se baseia na experimentação com delineamentos, que,
nestas circunstâncias foi caracterizado por uma pesquisa de campo, através de um
questionário estruturado (Apêndice B) com 18 questões, enunciadas como fechadas,
criado especificamente para este estudo, capturando, assim, o pensamento dos
pacientes em relação ao conceito de aderência ao tratamento farmacológico. A
reprodução deste conceito, segundo Creswell (2007), tem um papel fundamental de
serem os facilitadores no entendimento do comportamento do consumidor frente ao
mercado. Este questionário foi testado em alguns pacientes diabéticos,
anteriormente a este estudo, antes de ser usado nesta pesquisa.
Para a hipótese empregada neste estudo, foi feita a comparação de dois
grupos de pacientes (usuários e desistentes), tendo como variável dependente o não
uso de medicamentos para tratamento da Diabetes tipo II. O estudo explorou
diferenças de comportamento frente ao uso do medicamento, percebendo-se que,
os pacientes que possuem conhecimento básico de seu medicamento e de sua
terapia, conseguem manter o tratamento para o Diabetes mellitus tipo II.
Durante o mês de novembro de 2009, 352 pacientes diabéticos tipo II
submeteram-se a entrevista para este estudo. Ao todo, foram entrevistados 220
pacientes usuários de medicamento e 132 pacientes que eram desistentes do uso
Após as entrevistas, foi utilizado o método probit para analisar os dados. Este
modelo de regressão é utilizado quando a variável resposta é possui dois resultados
possíveis, por exemplo, se usa o medicamento e se não usa o medicamento. Esta
variável é binária e a variável dependente. As variáveis independentes são as
características dos consumidores como com mudança de rotina, exercícios físicos,
dieta, acompanhamento médico, qualidade de vida e acesso à informação.
Neste estudo, com a finalidade de alcançar o objetivo proposto, uma amostra
com indivíduos de uma mesma espécie foi selecionada, ou seja, pacientes
diabéticos do tipo II. Tal amostra foi dividida em 2 grupos: os que utilizavam o
medicamento e os que desistiram do uso do medicamento. Após um período, onde
neste estudo foi até o momento da entrevista, obtém-se os resultados. Dessa forma,
a resposta para cada grupo é uma variável aleatória com distribuição binomial.
Foi feito uma regressão sobre o uso do medicamento sobre todas as
variáveis que influenciam na sequência causal. Foi feita a análise da influência das
variáveis independentes significantemente relacionadas com o abandono do uso do
medicamento. As variáveis independentes estão relacionadas com mudança de
rotina, exercícios físicos, dieta, acompanhamento médico, qualidade de vida e
CAPÍTULO 5 BASES DE DADOS E ESTATÍSTICA DESCRITIVA
Neste capítulo serão apresentados os resultados e a discussão da pesquisa
elaborada junto aos pacientes diabéticos tipo II do SUS da cidade de Colatina – ES,
que teve como objetivo principal visualizar o perfil de consumo de medicamentos
Os resultados deste estudo são provenientes das entrevistas de 352
pacientes, sendo 220 pacientes usuários de medicamentos e 132 pacientes
desistentes da terapêutica, que serão apresentados em uma única etapa.
TABELA 1: RESPOSTAS DOS USUÁRIOS E DESISTENTES QUANTO AO USO DE MEDICAMENTOS HIPOGLICEMIANTES
Em relação a variável sexo, percebe-se que, dentre os pacientes usuários do
medicamento, a maioria é do público feminino e, dentre os pacientes desistentes, a
maioria é do público masculino. A diferença entre os dois grupos é pequena, sendo
que, esta diferença não é significativa para a regressão.
A prática de exercícios físicos é uma das exigências da terapêutica para
quem desencadeou Diabetes mellitus tipo II. Ao analisar os dados da tabela 1,
percebe-se que tanto no grupo de desistente quanto no grupo de usuários, esta
prática é desenvolvida pela maioria dos entrevistados.
No que se diz sobre dieta, dentro da terapia da Diabetes mellitus, esta é uma
das variáveis mais importantes para que a terapêutica resulte uma resposta positiva.
Entre os entrevistados, esta exigência foi bem seguida pela maioria dos pacientes
Nas outras questões abordadas como qualidade de vida, ingestão de outros
medicamentos, acompanhamento médico e informações sobre a terapia
medicamentosas, percebe-se a incidência das respostas neste estudo, que será
Na distribuição dos entrevistados por faixa etária, onde a maioria dos
pacientes, tanto desistentes quanto ainda usuários, concentram-se na faixa de 61 a
80 anos, mostrando que a população idosa é predominante nesta situação.
Na variável escolaridade, a maioria de ambos os grupos, concentra-se no
grau de instrução no ensino fundamental incompleto, sendo representado por 65%
dos entrevistados de forma geral. Isso pode significar que a maioria consegue ler e
buscar mais informações quando necessário.
Quando solicitados para indicarem um motivo que levou à desistência da
terapia, 55% dos pacientes que desistiram relacionaram o fracasso da terapêutica
aos muitos efeitos colaterais que o medicamento produzia. Outros desistentes, em
torno de 25%, relacionaram a falta de informação de como usar, a quantidade,
O modelo de regressão probit é utilizado quando a variável resposta é possui
dois resultados possíveis, por exemplo, se usa o medicamento e se não usa o
medicamento. É um método de probabilidade para estimar ensaios-respostas. Este
tipo de ensaio é aquele, onde determinada situação é colocada frente a várias
cirscunstâncias, ou seja, a variável dependente frente às variáveis independentes.
A tabela 2 mostra a influência de algumas características na chance de
Tabela 2: Regressão Probit: o não uso de medicamentos hipoglicemiantes por diabéticos tipo II
Esta tabela apresenta resultados utilizando análise de dados em método probit, que verifica o perfil de consumo sobre o uso de medicamentos hipoglicemiantes por pacientes diabéticos do tipo II. Como variável dependente tem-se o coeficiente de não uso do medicamento. Como variáveis independentes foram utilizadas variável dummy para a SIM número 0 e NÃO número 1 nos seguintes: EXERCÍCIOS, OUTROS MEDICA, VIDA MELHOR, INFORMAÇÕES, IDADE, SEXO, ESCOLARIDADE e RENDA.
Variável Dependente: O NÃO USO DE MEDICAMENTOS
Percebe-se que com a inclusão de exercícios físicos na rotina diária, a
incidência da desistência medicamentosa é menor, ou seja, quanto mais exercícios
físicos, menos a desistência do tratamento. A variável exercícios foi significativa,
apresentando uma queda na probabilidade de abandono do tratamento, na ordem
de 55,8% para pessoas que praticam. Isso se justifica pela diminuição da glicemia
em jejum após a incorporação de exercícios físicos pelos diabéticos tipo II, conforme
estudo feito por Silva e Lima (2002). Isso se dá pelo consumo de glicose do sangue
circulante durante a execução do exercício, propiciando uma aderência maior do
paciente ao tratamento, necessitando de doses normais ou menores para o
equilíbrio da glicemia. (MOURA; REYES, 2002).
A variável dieta, que não foi inserida na regressão, apresentou-se de forma
insignificante, pois todos os entrevistados, usuários de medicamentos ou
desistentes, mudaram a dieta em algum momento do tratamento, não apresentando
qualquer alteração na variável dependente (SACHS ET AL, 2010). Segundo Zanetti
e Mendes (2001), em estudo feito entre pacientes internados num hospital em São
Paulo, existe a necessidade de orientação no sentido de que a alimentação seja
fracionada ao longo do dia em desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. Isso
ajudaria a estabilizar os valores de glicose na corrente sanguínea.
A maioria dos diabéticos entrevistada apresenta outras patologias
instaladas, como hipertensão, síndrome metabólica, dentre outras, mesmo porque, a
própria Diabetes pode levar a outras doenças. Isto propicia uma situação a qual
estes pacientes necessitam tomar outros medicamentos, que não seja só a terapia
medicamentosa para a Diabetes mellitus. Porém, esta hipótese não teve influência
significativa para a não desistência, apresentando 0,09% de índice, ou seja, não
exerce influência no abandono do tratamento para a diabetes.
Todos os pacientes que se diziam ter uma vida melhor, não desistiram do uso
do medicamento, acreditando que o medicamento proporcionava uma qualidade de
vida melhor. A percepção de melhoria de vida é significativa e traduz uma redução
de quase 77% na desistência do tratamento medicamentoso. Assim como abordado
por Douglas e Isherwood (1979) e mencionado anteriormente, todo o consumo é
recheado de significados simbólicos, enfatizando pontos essenciais para a vida,
fazendo com que o consumidor diga alguma coisa sobre si mesmo ao utilizar um
A chave do sucesso para um maior consumo de medicamentos advém da
satisfação do paciente, onde a empresa deve incorporar em suas missões esta
satisfação, através do respeito pela cultura de cada cliente como parte integrante do
processo de marketing, que deve ser constante. (STHETH, 2001)
Quando indagados sobre a informação quanto à doença, o uso de
medicamentos, efeitos colaterais, posologia, dentre outros, o grupo de pacientes que
tinham acesso às informações não desistiram da terapia medicamentosa. Quanto
mais informações, menos desistência, isso é significativo, como se comprova na
redução de 48% do não uso do medicamento. Isso se dá conforme abordado por
Vieira (2002), segundo ele, o estudo do comportamento do consumidor tem como
conceito a investigação das atividades que incluem os processos decisórios que
antecedem e sucedem as ações de obter, consumir e dispor de produtos e serviços.
Segundo um estudo feito por Oliveira e Millech (2004), as instruções verbais e
escritas aumentam a adesão do tratamento.
Os pacientes desejam formas de relacionamento diretas, ou seja, aquele
atendimento com respostas imediatas, mas para isso, toda a equipe envolvida no
processo do uso do medicamento precisa ser responsável pela aderência destes
pacientes ao tratamento, que vai além do ritual de fidelização. É preciso que a
equipe reconheça a necessidade do paciente e procure dar atendimento que marque
Os entrevistados que faziam acompanhamento médico não desistiram do
tratamento. De acordo com Jacobson (1996), as consultas médicas irregulares estão
associadas a problemas do controle da glicemia e a um risco aumentado de
complicações. Ainda tem-se a abordagem de Rolim et al (2009), que alega que uma
maior monitorização e supervisão estão associadas a uma maior adesão
medicamentosa do paciente ao tratamento.
É possível criar um valor significativo para o cliente quando as empresas
atendem às necessidades e expectativas de forma individual, fazendo com que o
paciente se torne fiel àquela marca ou produto, no nosso caso, o medicamento
Se as indústrias farmacêuticas quiserem investir, com seus sistemas de
atendimento ao consumidor, através de telefones e sites, tem que entenderem que o
profissional que estiver em contato com o paciente deve desenvolver uma confiança
com o mesmo. Esta “fidelização” através da confiança, que é tão buscada pelas
empresas, está na responsabilidade de um bom atendimento e o suprimento das
dúvidas deste cliente, o que gera mais resultado do que ações ou estratégias de
Embora não seja significativo, com uma influência de 0.08% de redução do
não uso, os pacientes mais idosos têm a incidência maior de desistência do que os
mais novos, mostrando que quanto maior a idade, maior o índice de abandono do
tratamento. Isso se dá ao metabolismo mais lento dos idosos, onde a resposta ao
medicamento pode resultar em mais efeitos colaterais do que num adulto e também
pela dependência ao estilo de vida, o qual o idoso se sente preso. (JOIA ET AL,
A variável sexo não teve relevância ou influência na variável dependente,
mostrando 0,08% da redução do não uso do medicamento, apesar de que, a
incidência de Diabetes mellitustipo II é maior em mulheres do que em homens.
Quanto maior a escolaridade, diretamente proporcional será maior a renda
e estas duas variáveis acarretarão em menor desistência, quando apresentadas
dessa forma. A escolaridade apresenta um índice de 0,09%, a renda, que está
diretamente relacionada à ela, apresenta-se com 0.4%, mostrando que, as duas,
possuem pouca relevância à desistência. Esta questão ficou comprovada num
estudo feito em Minas Gerais, onde, segundo a autora Koster (1998), pacientes
usuários de medicamentos hipoglicemiantes aderem mais ao tratamento por
compreenderem melhor as informações escritas e a relevância disso no tratamento.
Outras variáveis foram trabalhadas neste estudo, como mudança na rotina
diária individual e familiar, a forma como era administrado o medicamento, qual o
motivo que levava este paciente a fazer o uso, se existia algum aspecto na terapia
que poderia ser modificado para melhorar a manter a terapia medicamentosa,
porém, estas respostas, após a análise, não foram trabalhadas no probit, por não
influenciarem diretamente na aderência ao tratamento.
6 CONCLUSÃO
Em resposta ao problema de pesquisa apresentado na introdução deste
estudo, percebe-se que os pacientes diabéticos apresentam muitas dúvidas em
relação aos medicamentos. Muitos desses pacientes desconhecem os efeitos
colaterais, não sabem a dosagem correta a ser administrada e têm dúvidas sobre
qual o tipo de medicamento que estão tomando. Assim, a informação ao paciente
diabético sobre o medicamento e suas características é fundamental para que ele
Também houve a participação da variável exercícios físicos com grande
significância para o estudo, mostrando que, pacientes que exercitam possuem uma
De modo geral, para que o paciente diabético acate o tratamento
medicamentoso é preciso que ocorram algumas situações específicas, dentre elas,
destaca-se a necessidade de informação ao paciente sobre a terapêutica
medicamentosa, os efeitos colaterais produzidos pelo medicamento e seus
resultados no tratamento da doença, além de enfatizar a necessidade de seguir
corretamente ao tratamento médico. Portanto, é importante a informação sobre a
terapia medicamentosa por parte dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos, pois
promove a conscientização dos pacientes diabéticos sobre a importância em seguir
corretamente o tratamento e tomar os medicamentos regularmente.
Desta forma, percebe-se o índice de 76,7% dos pacientes relatando que
acreditam que suas vidas tiveram uma melhora na qualidade, pelo simples fato de
agregarem o medicamento, exercícios, dentre outras variáveis abordadas
anteriormente, ou seja, com ajuda, acompanhamento, informação, a aderência ao
tratamento é superior àquela quando não se tem este aparato disponível para o
Por isso tudo, é sugestivo o acompanhamento deste paciente pela indústria,
de maneira mais próxima, para que o consumo destes medicamentos seja feito de
forma racional, correta e de maneira que tanto o paciente não desista da terapêutica
como a indústria continue realizando suas vendas sobre estes medicamentos.
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ZUBIOLI, A. A farmácia clínica na farmácia comunitária. Brasília, DF: Ethosfarma, 2001. ANEXO A - TRATAMENTO DO DM2 COM AGENTES HIPOGLICEMIANTES ORAIS ANTIDIABÉTICOS ORAIS TRADICIONAIS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO
Retarda a absorção intestinal da glicose.
Reduz primariamente a produção hepática de glicose e combate
Combate primariamente a resistência insulínica e reduz a
Estimulam a produção endógena de insulina pelas células beta
do pâncreas, com duração de ação de média a prolongada (8-
24 horas). Úteis para o controle da glicemia de jejum e da glicemia de 24 horas.
Estimulam a produção endógena de insulina pelas células beta
do pâncreas, com duração rápida de ação (1-3 horas). Úteis
para o controle da hiperglicemia pós-prandial.
NOVAS OPÇÕES DE ANTIDIABÉTICOS ORAIS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO
Esta é uma nova classe terapêutica para o tratamento do diabetes, cujo mecanismo final é o de reduzir a secreção de
glucagon pelas células alfa do pâncreas. O glucagon tem efeito
ANEXO B - Esquemas de combinações terapêuticas com dois ou mais agentes hipoglicemiantes orais COMBINAÇÃO REDUÇÃO ADICIONAL NOS NÍVEIS DE A1C
Insulina noturna e sulfoniluréias diurna*
** com suporte de publicações revisadas Fonte: Diretrizes SBD, 2010.
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS
1. Como descobriu que era portador de diabetes?
( ) Descobriu ao diagnosticar outra doença
2. Houve mudança em sua rotina diária?
6. Por que houve desistência na terapia?
9. Utiliza medicamentos para outras patologias?
10. O medicamento para diabetes ajudava a ter uma melhor qualidade de vida?
11. Por que você toma/tomava medicamentos para diabetes?
12. Recebeu informações para o uso correto do medicamento?
Pharmacotherapy of Dyslipidemia KHOI NGUYEN LAM Disease State Definition • Premature CAD • Typically with first degree relative Epidemiology - 65 million quality for lifestyle changes - 1/67 Ashkenazi Jews - 1/100 Afrikaners, South African Indians - Susceptible genotype (no gene discovered) physiology - Aggravated by excessive saturated fat, trans - Decreased LDL ce
pat i e n t e r n a på dr Jens Torps Suttestad var överklass, av Lil-lehammers likställda omtalade som ”torpianerna”, medan ”Sus-tatullinga” (Suttestadstokarna) var det vanligaste i folkmun. Sanatoriet hade ca 1890–94 sammanlagt 120 patienter. Antaletvarierade en hel del under åren; då Fröding kom 1890 var detbara fyra, men snart blev det fler. Dr Torp själv gör gällande attdet